Abaixa o Braço: Froiid
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FroiidO peixe pela boca, 2025Impressão em fineart68 x 48,5 cm
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FroiidO peixe pela boca, 2025Impressão em fineart68 x 48,5 cm
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FroiidO peixe pela boca, 2025Impressão em fineart68 x 48,5 cm
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FroiidO peixe pela boca, 2025Impressão em fineart68 x 48,5 cm
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FroiidO peixe pela boca, 2025Impressão em fineart68 x 48,5 cm
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FroiidO peixe pela boca, 2025Impressão em fineart68 x 48,5 cm
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FroiidBola dente de leite, 2025Pintura sobre pano de sinuca usado120 x 160 cm
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FroiidO bom cabrito não berra, 2025Impressão em fineart110 x 165 cm
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FroiidSérie "E AGORA" - E AGORA 1, 2025Pintura sobre pano de sinuca usado91 x 57 cm
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FroiidSérie "E AGORA" - E AGORA 2, 2025Pintura sobre pano de sinuca usado91 x 57 cm
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FroiidSérie "E AGORA" - E AGORA 3, 2025Pintura sobre pano de sinuca usado91 x 57 cm
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FroiidSérie "E AGORA" - E AGORA 4, 2025Pintura sobre pano de sinuca usado91 x 57 cm
Exposição "ABAIXA O BRAÇO" de Froiid transforma futebol em crítica social e disputa de memória
Mostra individual reúne pinturas, fotografia e instalações que tensionam arquivos históricos, autoritarismo e cultura popular brasileira
Na interseção entre arquivo, política e campo simbólico, o artista Froiid inaugura sua exposição individual "Abaixa o Braço" na Albuquerque Contemporânea, em Belo Horizonte. Com texto crítico de Ana Roman, a mostra mobiliza o futebol como linguagem para desmontar narrativas hegemônicas — da ditadura militar à Segunda Guerra — através de obras que misturam inteligência artificial, ditados populares e geometria construtiva.
O título da exposição remete à canção satírica de Ataulfo Alves (1940), que ridicularizava o fascismo durante a Segunda Guerra. Froiid ressignifica a expressão como um ato de recusa contemporânea: "abaixar o braço" torna-se gesto de resistência ao autoritarismo e à violência de Estado. Em séries como "E AGORA" (telas que reativam a memória esquecida das pracinhas brasileiras na guerra) e "O Peixe pela Boca" (fotografias de IA que expõem a performatidade tóxica da masculinidade no esporte), o artista opera como um "contra-arquivista". Seu método — influenciado por teóricos como Hal Foster e Ariella Aïsha Azoulay — desestabiliza registros históricos para revelar lacunas e silenciamentos.
OBRAS-CHAVE E CONCEITOS
"Galinha Caolha Procura Poleiro Mais Cedo": Instalação interativa com campos de futebol de botão distorcidos, homenageando Geraldo Décourt (tido como o criador das ligas botonistas) ligado a estratégias de sobrevivência.
"Abaixa o Braço” não é sobre derrota, mas sobre desobediência. Uso o futebol porque ele encapsula dramas brasileiros: heroísmo fabricado, apagamento de histórias negras e indígenas, e a violência que ronda nossos corpos. Minhas obras são gambiarras contra o arquivo oficial — onde o concreto vira abstração e o documento vira ficção."