Tornado Subterrâneo: Tatiana Blass
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Tatiana BlassMetade da fala no chão_Bateria preta, 2025Quatro baterias e cera microcristalina com pigmento preto150 x 500 x 500 cmSold
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Tatiana BlassLongilonge #3, 2025Esmalte sintético sobre vidro80 x 100 cmSold
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Tatiana BlassLongilonge #4, 2025Esmalte sintético sobre vidro80 x 100 cmSold
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Tatiana BlassBrasília #1, 2023Esmalte sintético sobre vidro32,5 x 42,5 cm
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Tatiana BlassBrasília #2, 2023Esmalte sintético sobre vidro32,5 x 42,5 cmSold
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Tatiana BlassCorda bamba #1, 2024Óleo sobre tela30 x 40 cmSold
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Tatiana BlassInundado #3, 2023Guache sobre papel15,5x23 cm (sem moldura)
23,5x31 cm (com moldura) -
Tatiana BlassInundado #4, 2024Guache sobre papel20 x 23 cm (sem moldura)
28 x 31 cm (com moldura)
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Tatiana BlassInundado #5, 2024Guache sobre papel23,5x34cm (sem moldura)
31,5x42,5 cm (com moldura) -
Tatiana BlassLongilonge #5, 2025Esmalte sintético sobre vidro30 x 40 cmSold
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Tatiana BlassLongilonge #6, 2025Esmalte sintético sobre vidro30 x 40 cmSold
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Tatiana BlassMeia Luz #1, 2024Óleo sobre tela80 x 120 cmSold
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Tatiana BlassMeia Luz #3, 2024Óleo sobre tela190 x 250 cmSold
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Tatiana BlassMeia Luz #4, 2025Óleo sobre tela250 x 190 cmSold
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Tatiana BlassMeia Luz #5, 2025Óleo sobre tela250 x 190 cmSold
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Tatiana BlassMeia Luz #6, 2025Óleo sobre tela198 x 300 cmSold
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Tatiana BlassMeia Luz #7, 2025Óleo sobre tela150 x 200 cmSold
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Tatiana BlassMeia Luz#2, 2024Óleo sobre tela100 x 120 cmSold
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Tatiana BlassMetade da fala no chão_Flautim, 2025Flautim e resina com pó de ferro8 x 10 x 50 cm
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Tatiana BlassPela janela lateral #1, 2025Esmalte sintético sobre vidro50 x 58 cmSold
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Tatiana BlassPela janela lateral #2, 2025Esmalte sintético sobre vidro55 x 90 cmSold
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Tatiana BlassPela janela lateral #3, 2025Esmalte sintético sobre vidro54 x 67 cm
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Tatiana BlassTeatro de Arena_Tornado Subterrâneo #1, 2025Óleo e cera sobre bronze fundido e vídeo100 x 150 x 18 cm; 00:01:35Sold
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Tatiana BlassTeatro de Arena_Tornado Subterrâneo #2, 2025Óleo e cera sobre bronze fundido e vídeo100 x 150 x 18 cm; 00:02:06Sold
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Tatiana BlassTeatro de Arena_Tornado Subterrâneo #3, 2025Encáustica sobre resina com pó de ferro30 x 20 x 2 cm
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Tatiana BlassTeatro de Arena_Tornado Subterrâneo #4, 2025Encáustica sobre resina com pó de ferro5 x 19 x 22 cm
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Tatiana BlassTeatro de Arena_Tornado Subterrâneo #5, 2025Encáustica sobre resina com pó de ferro27 x 37 x 7 cm
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Tatiana BlassTeatro de Arena_Tornado Subterrâneo #6, 2025Encáustica sobre resina com pó de ferro28 x 36 x 5 cmSold
A artista Tatiana Blass realiza na Albuquerque Contemporânea exposição individual intitulada “Tornado Subterrâneo”. A mostra ocupa o primeiro piso da galeria e é composta de obras inéditas e algumas já exibidas em mostras em outras cidades.
Nome de destaque da arte contemporânea brasileira, a artista explora diferentes linguagens para abordar a incomunicabilidade nas relações interpessoais e a subjetividade do indivíduo diante de um mundo em constante transformação. Para isso, recorre a diversos suportes – pintura, escultura, instalação e vídeos – nos quais explora as dimensões de tempo e espaço de maneiras singulares.
Na série “Meia Luz”, de oito pinturas em grande escala, a artista faz referências a filmes e obras teatrais, construindo cenas e sugerindo narrativas em que prevalece a ambiguidade. As formas e cores, pouco definidas, criam ambientes que questionam as relações entre os personagens e seu estar no mundo.
Duas pinturas de 2x3 metros sobre vidro da série “Teatro de Arena –Tornado Subterrâneo” serão expostas na entrada e no fundo da galeria. A artista aborda o tema da mineração, com paisagens desérticas e figuras minúsculas. Crateras pontuadas por alguns personagens na vastidão do espaço devastado retomam o tema do palco, como em busca por um papel a desempenhar em um teatro de arena e as diminutas possibilidades de ação frente à destruição ambiental. Nesses trabalhos, a luz e a transparência dialogam com a paisagem de fundo, criando um jogo espacial com o entorno.
Os temas da mineração e do espaço cênico adquirem outras formas nas esculturas em bronze, realizadas com tinta e cera, em um processo longo e delicado que evidencia os efeitos da temporalidade sobre a matéria, resultado de um processo de derretimento da cera e da tinta pelo calor sobre a peça metálica. Restam nas obras os vestígios das matérias mais efêmeras, que remetem à temporalidade e à decomposição. As imagens do processo são exibidas em vídeo, revelando o desaparecimento das figuras – ou atores – de cera no cenário criado pela artista, fundindo passado e presente.
A instalação "Metade da fala no chão – Bateria preta” é uma nova versão de um importante trabalho da artista que integra a série com instrumentos musicais. Quatro baterias cortadas em formato de um grande círculo, com bumbos, caixas, surdos e pratos, são preenchidas por cera ou espalhadas pelo chão, ocupando 25 metros quadrados. Novamente, o tema da impossibilidade de comunicação é trazido à tona, desta vez, através do silêncio, imposto com certa violência, um corte radical que emudece e explicita incompletude.
Fazendo uso de varados recursos materiais, as obras frequentemente operam o sentido a partir da sinestesia: o silêncio imposto pela cera, a dimensão tátil das cores, o tempo narrativo sugerido em imagens estáticas, o elemento cênico carregado de subjetividade, a impossibilidade de alcançar o outro nas relações interpessoais. São temas bastante atuais apresentados com rigor formal e uma sensibilidade artística que intrigam e convidam o espectador numa imersão a sensações e questionamentos.