Ana Maria Tavares Vive e trabalha em São Paulo, 1958

Obras
  • Ana Maria Tavares, Pitaya II, 2024
    Ana Maria Tavares
    Pitaya II, 2024
    Impressão sobre seda
    89 x 89 cm
    Edição: 1/10
  • Ana Maria Tavares, Forgotten Mantras III, 2022
    Ana Maria Tavares
    Forgotten Mantras III, 2022
    Aço inox colorido e gravado, ACM e alumínio
    162 x 162 x 8 cm
  • Ana Maria Tavares, Gold Mantra Labyrinth Mozaik (da série BB Universal Gold Mantras), 2021
    Ana Maria Tavares
    Gold Mantra Labyrinth Mozaik (da série BB Universal Gold Mantras), 2021
    Aço inox colorido e gravado, ACM e alumínio anodizado
    162 x 162 x 8 cm
    Edição: 1/4
  • Ana Maria Tavares, Barragem I (Forest Green), 2019
    Ana Maria Tavares
    Barragem I (Forest Green), 2019
    Impressão em papel Hahnemühle Photo Rag Ultra Smooth 305g e aço inox
    120 x 120 x 8 cm
  • Ana Maria Tavares, Disjunção Prismática IV (Saturno Black), 2019
    Ana Maria Tavares
    Disjunção Prismática IV (Saturno Black), 2019
    Aço inox, mármore e alumínio
    81,4 x 122,6 x 7,6 cm
  • Ana Maria Tavares, Azulejos Poros (da série Condomínios), 2013
    Ana Maria Tavares
    Azulejos Poros (da série Condomínios), 2013
    Impressão com tinta pigmentada mineral sobre papel Hahnemühle Photo Rag 308g, bordado em ponto arroz, vidro e madeira freijó
    176 x 362 x 6 cm
    Edição: 1/5
Biografia

Ana Maria Tavares  - Belo Horizonte, 1958

Bacharel em Artes Plásticas pela FAAP (1978-1982), mestre pela School of the Art Institute of Chicago (1984-86) e doutora pela Universidade de São Paulo (1995-2000). Contemplada com as bolsas de pesquisa Guggenheim Foundation Grant (NY 2001); Ida Ely Rubin Artist-in-Residence na MIT (Massachusetts 2007); Lynette S. Autrey Visiting Scholars da Rice University (Houston 2014). Pesquisadora e Docente em artes desde 1982, atuou na ECA/USP entre 1993 e 2017, no programa de Graduação e Pós-Graduação. Em 2016 recebeu o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Melhor Retrospectiva do ano com a mostra individual ‘No próprio lugar: uma antologia da obra de Ana Maria Tavares’, na Pinacoteca de São Paulo. Em sua produção, a compreensão de que natureza tropical e arquitetura são construções ideológicas no centro da tríade modernismo – modernidade – modernização leva à conceituação de obras que questionam as implicações políticas, econômicas e sociais do movimento moderno no Brasil, trazendo para o universo da arte a cumplicidade entre o ambiente construído e as utopias da eugenia que a historiadora da arte Fabiola López – Durán desenvolve em suas pesquisas. A obra de Tavares transpõe as dicotomias da modernidade – progresso e atraso, beleza e feiura, pureza e contaminação. Seus trabalhos recentes confrontam técnicas industriais com artesanais, levando assim à inclusão do ornamento – elemento que foi eliminado da arquitetura moderna – para interrogar gênero, raça e alteridade – temas comumente ignorados nas visões mais celebrativas do modernismo. Assim, o centro das investigações da artista desde a década de 1990 passou a ser a natureza tropical – representada seja por meio de releituras e traduções de obras de Burle Marx (1909-1994), seja por meio dos gigantescos nenúfares Victoria Amazônica ou das bacias hidrográficas brasileiras – junto com a arquitetura, que está presente nos diálogos de suas obras através do pensamento de arquitetos modernistas como Adolf Loos (1870 – 1933), Le Corbusier (1887 – 1965), Oscar Niemeyer (1907-2012) e Lina Bo Bardi (1914 -1992). Sua primeira exposição em 1982 marca o início de sua trajetória de exposições no Brasil e no exterior. Participou de quatro edições da Bienal Internacional de São Paulo (1983, 1987, 1991 e 2000), da VII Bienal de Havana (2000), da Bienal de Pontevedra (2000), da Bienal de Istambul (2001) e da Bienal de Cingapura (2006). Dentre as individuais no Brasil, destacam-se: ‘Porto Pampulha’ (1997) no MAP Museu de Arte da Pampulha; ‘Relax’o’vision’ (1998) no MuBE Museu da Escultura Brasileira; ‘Enigmas de uma Noite’ (2004) no Instituto Tomie Ohtake; ‘Tautorama’ (2013) no Paço das Artes; ‘Natural-Natural: Paisagem e Artifício’ (2013) no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura; ‘Atlântica Moderna: Purus e Negros’ (2014) no Museu Vale e ‘Cárceres a Duas Vozes: Piranesi e Ana Maria Tavares’  (2015), no Museu Lasar Segall em São Paulo; ‘Deviating Utopias with Victorias Regias’, na Galerie Stöeckle Hauser, em Stuttgart (2015); ‘Forgotten Mantras’ (2016), ‘O Real Intocável’ (2019) e ‘Naturalítica e Hierbabuenas’ (2023) na Galeria Silvia Cintra, Rio de Janeiro; ‘Campo Fraturado, SOS’ (2021), trabalho site specific, no Museu de Arte Moderna de São Paulo; ‘Fachadas Insanas’ (2022), na Galleria Continua, São Paulo e, em 2023, ‘Sortir du Silence: Au-delà de la modernité’, na Galleria Continua, em Paris. Tavares participou de várias exposições coletivas em museus internacionais, entre eles: ‘‘Modernité, Art Bresiliènne du XX Siècle’ at Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris  (França, 1987); ‘Ultramodern: The Art of Contemporary Brazil’ at National Museum for Women in the Arts, (EUA, 1993); ‘ES 97 Tijuana’, Centro Cultural de Tijuana (México, 1998); ‘Middelburg Airport Lounge com Parede Niemeyer’ (Holanda, 2001); ‘Côte à Côte, Art Contemporain du Brésil’, capc Musée d’art contemporain, (França, 2001); ‘Living Inside the Grid’, ‘Entrückte Körper – GRU/TXL’ (Berlim, 2002);The New Museum of Contemporary Art (EUA, 2003); ‘The Straight or Croocked Way’, Royal College of Art (Inglaterra, 2003); ‘Auf Eigene Gefahr/At your Own Risk’, Schirn Kunsthall (Alemanha, 2003); ‘Conceptualisms: Zeitgenossische Tendenzen in Musik’ (Alemanha, 2003); ‘The Encounters in the 21st Century: Polyphony – Emerging Resonances’, 21st Century Museum of Contemporary Art (Japão, 2004); ‘Farsites: Urban Crisis and Domestic Symptoms in Recent Contemporary Art’, San Diego Museum of Art (EUA, 2005); ‘Landscape for Exit I and Exit II’ (Portugal, 2005);  ‘Grandeur: Sonsbeek_10’ (Holanda, 2008); ‘Blooming Now: Brasil–Japão, o seu lugar' at Toyota Municipal Museum of Art (Japão, 2008); ‘When Lives Become Form: Creative Power from Brazil’, Hiroshima City Museum of Contemporary Art e Museum of Contemporary Art Tokio (Japão, 2009); ‘After Utopia’, Centro per l'arte contemporanea Luigi Pecci,Prato (Itália, 2009); ‘Neo-Tropicália’ at Yerba Buena Center for the Arts (EUA, 2009); ‘Colección IX. Colección Fundación ARCO’, Centro de Arte Dos de Mayo, (Espanha, 2014); ‘Spots, Dots, Pips, Tiles: An Exhibition About Dominoes’, Perez Museum (Miami, 2017). ‘Contra a Abstracção, Obras da Coleção CGD’, (Portugal, in 2018); ‘Nature’ (Sicardi Gallery, 2020); ‘A Máquina do Mundo’ (Pinacoteca do Estado, 2021); ‘Parque de Brinquedos Reinventado’, um projeto público para parque em São Paulo (2022); ‘Contemporary Art & Sculpture Park at Bechyne Castle’ (República Tcheca, 2023) e ‘In Betwwen’, Fondazione Labirinto (Itália, 2023). Em 2024, apresenta nas exposições coletivas ‘Cloudwalker’, no Museum Voorlinden (Holanda) e ‘Du Pixel à La Matiere’, no Pont Du Gard e ECHANGEUR²² Résidence Artisque (França). Possui obras em coleções privadas e acervos públicos, no exterior, Kröller Müller Museum e Voorlinden Museum, Holanda; FRAC-Haute Normandie (Fonds Régional d’Art Contemporain), França; Fundação de Serralves, Portugal; Culturgest, Portugal; Fundação Arco, Espanha; Museum of Fine Arts Houston, EUA; Museum van Hedendaagse Kunst Antwerpen, Bélgica; e, no Brasil, Pinacoteca de São Paulo; Museu de Arte Contemporânea da USP; Museu de Arte Contemporânea de Niterói; Museu de Arte Moderna de São Paulo; Museu de Arte de Brasília; Museu de Arte da Pampulha; Coleção de Arte da Cidade de São Paulo do Centro Cultural São Paulo; Universidade Federal de Uberlândia; e SESC Belenzinho.